Tuesday, March 27, 2007

Mar agiatdo no 5o. dia de travessia

5o. dia de navegação(ponto verde) estou chegando na Europa; pontos rosa, dias anteriores



* do meio do oceano


E ai galera, blz? Espero q sim…

Estou no 5o dia de navegação, mais um e estou nas Ilhas Canárias, Espanha. O návio já esta 3 horas na frente do Brasil, na última noite foi adiantada 1 hora mais, o que me fez ter o meu primeiro atraso no serviço. Na próxima madrugada: avançamos a quarta hora: uma verdadeira zoeira no meu relógio biológico. E ainda vem o horário de verão na Europa.

O mar esta um pouco mais agitado, ou seja o navio balança mais e ficar em pé é um grande desafio para alguns. Mas, por enquanto nada comparado aqueles dois dias na travessia da Europa pro Brasil no ano passado. Aliás, descobri que naquela ocasião pegamos um mar de nível 8, a escala vai de 0 a 10. Acho que isso dimensiona melhor o que passei.

Alguns tripulantes estão assustados pois, foi perto de Portugal que rolou aquele mar agitado e estamos quase chegando lá. A temperatura também ja está mais baixa, com um vento gelado e forte.

Calmaria mesmo só no ânimo da galera, no quesito festas e agitados o crossing esta sendo bem tranquilo, até agora. O trabalho não esta tão pesado pois o navio com bem menos passageiros que em cruzeiro normal.


mar agitado, nivel 8 de novo nãoooooo



Vento forte faz com que áreas abertas fiquem interditadas



Vou nessa, esse aquí foi só um post rapidinho para matar a curiosidade de algunas pessoas.

Bjs.


Especial kisses to: pai, mãe, alê, sam e lu.

Sunday, March 25, 2007

Já voltei pro návio... e já tô indo pra Europa

Olha ai onde o navio esta hj 25.03 (bolinha amarela=3o. dia), bolinhas rosas= dias anteriores. No total são 6 dias de mar de Recife até Lanzarotti, Ilhas Canárias na Espanha
* do meio do Atlântico

E ai galera blz? Espero q sim…

Voltei para o návio no dia 16 de fevereiro para o cruzeiro de carnaval. Confesso que tive uma sensação estranha ao entrar no escape novamente. Até o dia do embarque estava animado, mas quando começaram os treinamentos de segurança, já nas primeiras horas do meu segundo contrato e termos como port maning, dril entre otros começaram a entrar nos meus ouvidos me veio a seguinte pergunta “O que é que EU estou fazendo aquí?”.
Passei os primeiros dias bem desanimado, sentindo falta de casa, da família e de uma pessoa especial que conheci nas férias. E modestia à parte fui muito bem recebido pelos amigos, principalmente os brasileiros: muitos beijos, abraços, risadas, gritos de “linda meu bem” e até mesmo lágrimas, que me surpreenderam.
A sensação que tenho as vezes é a de que não tive férias, parece que estou embarcado desde fevereiro do ano passado. Mas, agora me sinto bem ambientado novamente. O tempo até que passou rápido: já estou indo para Europa.
Cabine 243, minha nova casa

Moradores da 243 num momento histórico (o Léo presente): Eu, Edu, Léo e Esteffe (q me conheceu pelo blog tb)

galera na 243 depois da Crew Party na piscina



Confesso que a idéia de morar no deck 2 me incomodava e EU ja sabia que a possibilidade de isso acontecer era bem grande. Afinal a outra cabine que morei nesse mesmo andar era bem quente. Esse andar é conhecido como o Bronx, deck 03 e 04 como Bervelly Hills.
Quando cheguei eram 3 brasileros e um romeno que ja fo iembora e agora o território é todo brazuca. Aliás meus room mates são: Edu, minero e de um humor maravilloso; Esteffe, paulistano, o homem da arrumação, o que lhe vale o apelido carinhoso de Marinete (é um grande orgullo morar com ele, rsrsrsrs) ambos barwiters, e o Léo, carioca que fala tanto que as vezes nem se nota que ele esta na cabine. Assim como EU trabalha no restaurante. Por hora esta sendo ótimo.

galera na festa das cabines


A cabine 243 estava se tornando sinonimo de festa, juntamente com nossos vizinhos de porta do 237 (2 brasileros e 1 hondurenho). Dia desses rolou uma festa de cabines com 3 ambientes: a da frente era a pista de dança, o corredor tinha música ao vivo e a minha e a minha era o lounge. Olha mas tinha no minimo umas 30 pessoas, apareceu bebida de tudo que é lado que o Esteffe tratou de transformar em drinos maravilhosos. O bom de tudo foi que ninguem reclamou (coisas de deck 02) e o ruim foi acordar para trabalhar tendo bebido e dormido pouco mais de duas horas.

Outro detalhe é que não fui convidado para essa festa, eu estava dormido e o povo me tirou da cama com um copo de caipirinha, que logo aceitei. Ainda tivemos mais duas ou tres festinhas um pouco menores, mas agora estamos numa fase light. Ninguém aguenta tanto trampo e festa todo dia. Dia desses estavamos dormido e cerca de 1:30 hs bateram na porta preguntando se não tinha festa


a cabine dos vizinhos


Esteffe, eu e Edu: "promoters" da 243


montinho para fotos, festa nas cabines


Barbara (q saudades de ti), na porta do lounge
Ops, teve mais festa…
galera do Island Restaurant no Crew Dinner

Eu, Fe e Dan no Crew Dinner


Ronnie(meu atual assistente, nota 10) Ricardo eu Alê no Crew Dinner

Para encerrar mais uma temporada brasilera: crew party na piscina. Foi muito legal e para variar alguns passageiros ficaram de fora doidos para entrar. As festas acabam sempre as 2:00 as vezes um pouquinho mais e adivinha onde foi o chill out… na minha cabine.
Ainda teve o Crew Dinner no Island Restaurant, que EU curti pela metade pois, fui escalado para trabalhar. Claro que foi muito mais light, afinal EU estava servindo as pessoas que trabalham comigo e ainda tinha uma garrafa de vinho branco a mão. Ah se todo dia fosse sempre assim.

Sherek, Marco, eu, Aldinei e Edu: security time na Crew Party na piscina



Erika, Carol, Ju, Cacá, Vivi e eu: Crew Party na piscina


galera Crew Party na piscina


E na véspera da última parada em Recife, teve uma festa do restaurante no staff bar, que também serviu de despedida de vários brasileros que desembarcarm no dia seguinte. Foi muito legal, era quase uma crew party, fazia tempo que aquele bar não pegava fogo.



mts saudades, Juliana, Fernando, eu e Carolina: amo mt td "isso"



A dança do maxixe, commeus "amores escapianos"



minhas assistentes queridas, Roberta e Carla: sucesso e felicidades sempre, valeu!


Vista do staff bar na festa do restaurante: tava pegando fogo

O Dia em que eu quis ser passageiro
come a bandeja de raiva... rsrsrsrs

Nem tudo festa para nós tripulantes, afinal estamos aquí para trabalhar. E na temporada brasilera acontecem vários cruzeiros temáticos. Eu peguei poucos, mas, o Tribe On Board, que era uma rave, me deixou com água na boca. Quem me conhece sabe o quanto gosto de música eletrônca e pode imaginar o que foi isso para mim.
Eu até consegui curtir um pouco do som durante alguns momentos. Mas, não era a mesma coisa: eu ali de uniforme PARADO. Geralmente quando EU passava pela piscina as 7 da manhã para começar a trabalhar o som estava bombando e a galera no maior pique. Foi legal curtir um por do sol, no meio do oceano ouvindo um som maravilloso que tava rolando.

Ei, ei… psiu, psiu… xiiiiiiii…
Trabalhar no Brasil não é facil. Os passageiros são mais jovens e a maioria quer aproveitar tudo que pode no navio. Sem falar que os cruzeiros são menores e temos mais dias de embarque (quando trabalhamos mais). E nem sempre conseguimos descer, pois dependemos dos tenders (lanchas que levam até o cais), e prioridade são os hóspedes.
Bem o perfil do passageiro brasileiro é totalmente diferente do inglês.Por varias, razões, sociais,economicas… Sim somos mais alegres e abertos, mas, vamos combinar esse negócio de “ei, ei.. psiu, psiu…”,ninguém merece. O que já ouvi de piada de tripulantes de outros paises por causa disso e não tenho como me defender.
Por favor chamem apenas por: garçom. E mesmo com muitos “psius”, para algumas pessoas trabalhar no Brasil foi maravilhoso. Digamos que alguns tripulantes conseguiram agradar um pouco mais os passageiros…

Visitando o Island Star
entrada da "antiga casa"


Numa das paradas no porto de Santos, aproveitei para matar saudades do Star e de alguns amigos de lá. Foi muito legal rever a galera… Desculpem mas foi td muito corrido e nem tirei foto com vcs, acabei tirando só com a Karine (q como EU adora uma foto e me lembrou de fazer isso).

A Lu e a Karine me tentaram bastante a ir para lá principalmente por causa do cruzeiro a Buenos Aires, que dizem ter sido muito legal. Mas, sigo firme aquí no velho Escape.
Foi mt bom rever a galera e até conhecer pessoalmente um Pessoa que me conhecia pelo blog. Mts bjs para vcs!!!

Eu e Barbara, room mate da Karine no Star, q me conhecia daqui do blog... adorei vc e suas fotos



Eu e karine na cabine dela no Star... Saudades de ti mona... vou tomar1 dramim e ai vc se q se cuide... rsrsrsrs


Comida de mãe…
Esse é um artigo de luxo à bordo. Sonho de consumo da maioria dos tripulantes, de filipino a hondurenho. Durante a temporada brasileira, alguns tripulantes brazucas conseguem realizar esse sonho como EU que vivo proximo a uma cidade em que o navio faz escala.
Mas, como a solidariedade impera entre nós tripulantes sempre vale a pena dividir isso com os amigos:
- Luciana (lá no Star) levou feijão da Rosana (bem temperado com bacon e alho… hummmm) para a galera de lá;
- A Jú trouxe a cuca de banana da Dona Jane que estava tuuudo de bom;
- Eu trouxe o bolo de cenoura da dona Lucia, quem conhece minha mãe sabe o tamanho dos “potinhos” dela… O bolo foi provado por vários crews brazucas q adoraram. (viu Luciana?! Se estivesse no Escape tinha provado tb!!!).
Valeu mamães!!!
Bem, e assim sigo… Livin’ La Vida Loca de Crew, indo para Europa.



Beijos para todos, I Lov U all.
Ahhh, se eu não mandar esses beijos especiais para: pai, mãe, Alê e Samara.
Bjs, procê tb Lu!