ISLAND STAR
Oi povo blz?! Tomara q sim... Hoje estou um pouco mais folgado, pois estou em Recife. Cheguei ontem e estou com um grupo de mais 10 brasileiros esperando para sermos transferidos amanhã para o navio Island Star, minha nova casa, vou aproveitar e tentar colocar os fatos em dia.
SALVADOR ON UNIFORME
Ingleses
Quando voltei para o Escape na última segunda- feira em Santos encontrei um "novo" navio. Os passageiros eram na maioria ingleses, além dos novos tripulantes também ingleses. A comida mudou, a louça mudou, as bicicletas de spining se foram, as placas em português sumiram e toda comunicação deve ser feita na língua inglesa.
O navio ficou mais calmo, pois além de ingleses são quase todos mais velhos. Nosso trabalho mudou também pois eles são mais quietos, não deixam tantas sobras nos pratos e comem em horários determinados, ou seja quando eles vem para o restaurante o fazem todos ao mesmo tempo. Os garçons dos bares agradecem, afinal os ingleses bebem mais que os brasileiros, eles consomem mais mesmo.
Quando o navio esta parado o trabalho também diminui pois a maioria deles descem para conhecer as cidades. Engraçado que no primeiro dia eram todos branquinhos no segundo estavam todos muito vermelhos. A maior parte deles passa o tempo debaixo do sol ou então lendo. Realmente é constatado: eles leem muito mesmo, estam sempre com livros nas mãos.
Não sei se deveria mas vou contar: eles tomam muito café e chá com leite, o dia todo praticamente. Só que eles costumam encher as canecas, com o balanço do navio e com a idade deles pode-se ver várias trilhas da bebida pelo chão. Só que o engraçado é quando oferecemos ajuda alguns deles simpaticamente agradecem e dizem que não precisam de auxilio, detalhe com ma caneca tremendo e derramando tudo.
Brasileiros
O último cuzeiro com brasileiros foi muito legal. A maioria deles também eram mais velhos e conversei com vários deles. Pelo jeito ganharei alguns "oscars" a mais. Esse é um tipo de gratificação da empresa para os tripulantes indicados pelos passageiros na folha de avaliação. Cada duas citações valem US$ 1,00.
Nosso povo além de ser mais agitado e movimentar o navio inteiro tem a fama de ser o que mais come. Tripulantes filipinos e romenos já nos perguntaram se brasileiros ficam uma semana sem comer antes de embarcar. E isso tem seu fundo de verdade: tem sempre alguém no restaurante 24 horas na temporada brasileira.
Assim como os passageiros os tripulantes brasileiros também são os mais "agitados". Essa semana mesmo conseguimos, junto com os tripulantes ingleses, agitar o bar com Ivete Sangalo e funk, muito divertido. O bar é pequeno mas o povo dança como se estivesse no maior lugar do mundo. Acho que mandaram essa leva de brasileiro para o outro navio para animar as coisas um pouco por lá.
Rio de Janeiro
Essa semana o Escape parou no Rio eu estava doido para ir nop Cristo Redentor, só que tive meus planos mudados por causa da chuva. Acabei indo rever minha grande amiga do escotismo Fabiana, que não via há 12 anos. Foi muito legal, relembramos velhas histórias e papeamos muito. Conheci um pouco mais do Centro da Cidade: Candelaria e camelódromo. Para alguns algo terrível eu achei muito interessante e divertido. Você não imagina como é bom ver gente e terra firme quando se esta a bordo.
Vertigo
Ainda no Rio de Janeiro descobri um terrível sintoma de quem esta embarcado: a vertigem em terra firme. É algo horrível, o corpo sente falta do balanço do mar, da uma vertigem, um certo enjoô, sinto como se estivesse bêbado. Aliás senti muito isso ontem a noite "na baladinha". Dou uma parada,respiro fundo e melhoro. O povo diz que é normal e que alguns dias depois de desembarcado isso passa.
NO Rice, NO Power
Comer no refeitório nem todo dia é algo agradável. Imagino o quanto sofre o chef tentando agradar os diferentes tipos de paladares da tripulação. Tem dia que a comida é boa, mas tem outros que não. E constatei que isso rola não só para os brasieliros.
Os asiaticos (filipinos, indonésios...) por exemplo comem arroz em todas as refeições, até mesmo no café da manhã. "Sem arroz, sem força" é o lema deles. Mas,um deles muito legal de nome Min (what's mean min??? é uma brincadeira que fazemos com ele) me disse que sente falta das misturas típicas deles. Eu só comi arroz no refeitório uma vez, é muito estranho para o paladar brasileiro.
Ainda bem que trabalho no restaurante e sempre que possível temos permissão para comermos da comida dos passageiros, que é bem mais variada. Com a vinda dos ingleses mudaram também os tipos de comidas e seus temperos. Agora os pratos tem pouco sal e as sobremesas não são tão doces.
Tempo a bordo
O tempo para quem esta a bordo é algo muito valioso, principalmente o tempo livre. Todo ele tem de ser calculado e bem dividido. Desde aquele destinado para dormir, lavar roupa, comer e se divertir. Uma hora de sono pode fazer toda a diferença. Vinte minutos para comer é um bom tempo e por aí vai.
Só que essa semana me superei: quando o navio parou em Salvador já estava quase no meu horário de voltar para o trabalho. Então conheci a cidade em dois tempos de meia hora. Nos primeiros 30 minutos fui ao mercado municipal, que é repleto de artesanatos; e nos outros 30 que era meu intervalo de lanche eu subi uma ladeira do Pelourinho, comi um acarajé e até visitei a casa da fundação de Jorge Amado.
Como diz dona Dita, a baiana que me vendeu o acarajé ao lhe contar do meu tempo para conhecer Salvador: "Isso é uma imóralidadi". Loucura ou não, já fui no Pelourinho e garanto que volto um dia para aproveitar mais, mesmo com toda pobreza ao redor o clima é contagiante. Ah toda essa imoralidade foi cometida usando um dos meus belos uniformes, nesse caso o de camisa havaiana.
Saudades do Escape
Tive que sair agora que estava começando a me enturmar com a galera do Escape. Não só os brasileiros, mas com os demais povos também conhecei pessoas muito legais da Índia e das Filipinas. Já estava até começando a me comunicar melhor. Muitos deles embarcam com pouca idade em busca de una nelhor condição financeira, são batalhadores mesmo. E ao contrário de boa parte dos brasileiros muitos deles não tiveram oportunidade de estudo em seus países.
Talvez por isso o índice de desistência do trabalho a bordo por brasileiro seja tão grande. O trabalho é púxado e muito daqueles do nosso país que possuem os requisitos para embarcarem (como inglês, por exemplo) não tem a real necessidade financeira. O ruim é que acabamos com fama de preguiçosos perante os demais, mas aqueles que ficam, e não são poucos, trabalham sério mesmo.
Baladinha
Ontem depois de muito tempo fui para "uma baladinha" aqui em Recife, a boate se chama Metrópole. É grande tem dois andares e duas pistas e ao contrário do que muita gente diz, também tem bastante gente bonita; o povo é mais descontraído. No set muito house com algumas "pitadas" de funk. Só tem um incoveniente o atendimento do bar é demorado demais, quase 10 minutos para pegar uma bebida. Me diverti bastante mesmo estando bem cansado por causa da festa de despedida no návio na noite anterior. Precisava disso, espero poder contar uma outra de Ibiza nos próximios posts.
Ontem também aproveitei para conhecer o Shoping Recife, que é bem grande e com lojas de grandes marcas. O nordeste não é tão pobre quanto o povo diz. Também aproveitei para rever o Brokeback Mountain,já que não poderei ir ao cinema por alguns meses.
Recife só tem um lado negativo: algumas pessoas quando percebem que você não tem sotaque querem aumentar o preço de tudo, foi assim com cartão telefônico, água e taxi. Só quiseram abaixar o preço de compra do dólar, me ofereceram R$ 1,90... vai #%*!@!!!! Povo abusado, mas não é algo que se possa generalizar, tem bastante gente legal por aqui.
Ai povo ainda tem muita coisa pra escrever, mas preciso aproveitar "meu tempo" aqui em Recife, pra descansar e conhecer a cidade um pouco mais. Estou um pouco ansioso afinal amanhã embarco para a Europa, provavelmente para Portugal. Vai ser o primeiro cruzeiro do Island Star por lá desde que foi comprado pela Island Cruises no ano passado. Sei que vou "ralar".
Bem o próximo post deve ser feito lá da Europa, daqui no mínimo seis dias, que é o tempo que ficaremos em alto mar para a travessia. Sinto muitas saudades do povo de casa, principalmente da Samara, pois quando ligo só dá pra ouvir os risos dela. E também de vários amigos, mas daqui uns meses estou de volta e vamos celebrar muito.
ps. lu verei o q consigo pra ti no Star.
Bjs pra todos, é mt legal saber q tem gente acompanhando o blog e deixando msg, é bom demais ter o que ler qd desembarco!
3 comments:
Tô adorando acompanhar sua aventura, sempre sonhei em embarcar num navio, mas fico pensando q enjoaria demais. Morei 1 ano na Europa e conheci 5 países, espero q vc tenha tempo pra conhecer, muito mais q as duas meia horas q vc ficou em Salvador. Só não entendi a pobreza toda q vc viu no Pelourinho, a pobreza ali é de pessoas pedindo dinheiro e não arquitetônica como deu a entender. Abração
http://www.bokapiu.blogger.com.br/
Luc, gostei desse nome! legal saber de vc e saber que está aproveitando apesar da trabalheira...belas fotos, exercite paisagens, panoramicas tb vale...amanhã (dia 20/05) teremos churras da Facos, no último que teve vc estava...darei notícias suas ao povo da comunicação. aqui na terra tão jogando futebol, tem muito samba e rock roll, tiros de escopeta, tiro ao alvo em policiais, bombas em delegacias, carros de policia encendiados, tv plasma 50' comprados com nosso dinheiro para os líderes do PCC assistirem os jogos da copa, chacina de "suspeitos" (a polícia num tem competência para encontrar os caras do crime organizado e matam o que encontram pelas favelas de São Paulo, nenhuma novidade) é migo, num tá fácil!
grande beijo, sandra
ah! minha vida tá de cabeça pra baixo, fica pra próxima!
bota uma foto minha sua bicha!
ti amuuuu
to de offfff a noiteeeeehahahahahahah
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